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SOMBRAS DE UMA ESSÊNCIA

 

Hugo Lami

Biblioteca da Universidade Nova Lisboa, Campus de Caparica, 2015

     A ponta de um fio, em Sombras de uma Essência estamos perante a primeira mostra individual de Hugo Lami, perante o despontar de um percurso que se inicia necessariamente em pintura – desde a instalação desenvolvida para o espaço específico do claustro da biblioteca da Universidade Nova de Almada até às excedentes pinturas que não somente a circulam mas que, acima de tudo, a fomentam.

     No interior uma linha segue, pulsante de vida, rompe caminho entre as obras. Ora traçada ora escorrida, uma linha estende-se, ultrapassa-se e se suspende... Uma linha que se apaga para ser repetida, uma linha que se acumula e que se ramifica até à construção de grelhas, registos de circuitos mentais e físicos, de memórias, de vivências múltiplas.

     No desenrolar deste fio [ou linha?], o conjunto vibrante de obras que Hugo Lami nos apresenta toma o Mundo como motivo, este Mundo talhado pela luz e pela sombra, este Mundo que habitamos e que nos habita, que nos invade, intersecta e sensibiliza com a essa mesma luz sempre que abrimos os olhos, e que se encobre sempre que os fechamos. A sua pintura opera de forma passional sobre este Mundo sensível, ocupa-se com abstrações quotidianas a que chamamos cor, formas, texturas, sombras e símbolos, para trazer ao domínio da visibilidade aspectos secretos da realidade, as formas das coisas não descobertas, ou, por outras palavras, transparecer, revelar essências.

     A linha segue, pulsante, trespassando ou trespassada por pintura, flui, entre os véus da realidade, em e para todos sentidos, e para além deles, nessa louca e infinita busca do profundo, do verdadeiro.

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